Caso Ramires – O Benfica falsificou um documento

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Vários documentos foram colocados no Mercado de Benfica ao longo das últimas semanas, um destes é referente a uma investigação que decorreu no Ministério Público relacionado com a venda de Ramires. A 18 de dezembro tinha feito um artigo sobre o caso da venda de Ramires (aqui) sem saber que já tinha havido uma investigação por parte do Ministério Público, investigação que foi arquivada em 2016.

O Mercado de Benfica divulgou o inquérito dessa investigação no dia 23 de dezembro de 2018 e é possível perceber que o Ministério Público não teve acesso aos documentos.

As buscas

Num país em que tudo se sabe, as buscas realizadas a 13 de março de 2013, relativamente a este caso, não foram noticiadas nos meios de comunicação social. O Ministério Público tinha realizado as buscas pelo facto das transferências relativas a Ramires, entre o Benfica e a empresa Jazzy, puderem indiciar crimes de abuso de confiança, burla, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

No momento das buscas, a PJ recolheu toda a documentação relativa a Ramires e a documentação contabilística do Benfica, como os extractos de conta e os balancetes.

Nos documentos de Ramires foi apreendido um contrato assinado entre a Jazzy e o Benfica, a 8 de junho de 2009.

Excerto do Relatório Pericial da Polícia Judiciária divulgado pelo Mercado de Benfica
Ora, a 8 de junho de 2009, nunca foi assinado nenhum documento relativamente a Ramires, mas sim a Luisão, como se pode ver nas trocas de correspondência que já tinha referido no outro artigo.

Para não ficarem dúvidas, fica outro e-mail que demonstra que o documento relativo a Luisão foi mesmo assinado no dia 8 de junho de 2009.

Ou seja, os documentos apreendidos pela Polícia Judiciária não eram os reais, pois, a 8 de junho de 2009, nunca tinha sido assinado nenhum contrato para a venda de Ramires. Portanto, toda a investigação levada a cabo pela Polícia Judiciária baseia-se num documento falsificado. Para além disso, e como já tinha referido no primeiro artigo, o Benfica não comunicou a venda de Luisão à CMVM, sendo um ato ilícito confirmado pelo próprio Domingos Soares de Oliveira num e-mail enviado a 24 de março de 2013.

(Explicação em português neste artigo)

Será que este processo será reaberto?

Não ficam dúvidas que a investigação da Polícia Judiciária foi comprometida pela entrega de pelo menos um documento falsificado. Ainda não se sabe se o processo foi reaberto mas o procurador-adjunto do caso dos e-mails pediu informações sobre esta investigação em abril de 2018.

Excerto retirado de um documento disponibilizado no Mercado de Benfica
Todo este caso relativo à Jazzy é mais uma das provas das ilegalidades cometidas pela direção do Benfica e, pelo andar da carruagem, as provas não ficarão por aqui.

Fonte: Opolvo.pt

 
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