Tomás fiel ao Dragão

Barcelona empolgado com a pré-época do lateral-direito e disposto a pagar 10 M€. Mas o novo dono da camisola 2 quer ser referência e recusou abordagem

Negociações para o prolongamento do vínculo encontram-se estagnadas, mas tudo aponta para que sejam retomadas em breve. Objetivo visa subir a cláusula dos 10 para os 30 milhões de euros

O futuro imediato de Tomás Esteves passa pelo FC Porto e não há interesse estrangeiro que abale o sonho do lateral-direito de jogar oficialmente pelos seniores do clube do coração.

O jovem natural de Aboim das Choças viu os dragões confiarem-lhe a mítica camisola 2, sinal de que tem correspondido às expectativas que o rodeavam e que será um membro efetivo do plantel principal, e isso já o levou a recusar propostas de emblemas que se disponibilizavam para pagar o valor fixado na atual cláusula de rescisão (dez milhões de euros).

Ao que O JOGO apurou, um deles foi o Barcelona, que ficou seduzido pelas exibições do defesa na Youth League e nos encontros de préépoca. Mas nem a possibilidade de trabalhar na famosa fábrica de talentos dos catalães (La Masia) o demoveu.

O FC Porto, como explicámos atempadamente, já expressou a Tomás o desejo de lhe prolongar o contrato, que expira em 2021. Por força da idade do lateral (17 anos), os dragões apenas poderiam acrescentar mais um ano ao vínculo atual, mas o objetivo passa por aumentar o valor da cláusula de rescisão dos 10 para os 30 milhões de euros.

Os esforços concentrados pela SAD na construção do plantel, que na próxima semana atacará o primeiro objetivo da temporada (Liga dos Campeões), resultou numa estagnação das negociações. No entanto, tudo aponta para que sejam retomadas em breve, até porque os portistas lhe reconhecem potencial para se tornar num indiscutível da equipa no futuro. O lateral quer, porém, que a nova cláusula se adeque, em proporcionalidade, ao novo salário.

A renovação de Tomás Esteves está englobada numa política traçada pelos portistas que visa blindar ao máximo os campeões nacionais sub-19 e vencedores da Youth League. Fábio Silva, que tem a mesma idade e deu o mesmo salto do defesa, já assinou em junho; Romário Barófê- lo em dezembro;Fábio Vieira também. Só falta mesmo o internacional sub-17 português.

A extensão do vínculo (termina em 2021) não é propriamente um problema, mas o valor da cláusula e as boas exibições na pré-época fazem de Tomás um alvo bastante apetecível. O particular com o Mónaco, no qual entrou a dez minutos do fim, forçando o desvio do reforço Renzo Saravia para a esquerda, foi o último dos oito em que foi utilizado por Sérgio Conceição. Falta-lhe o tal jogo oficial. Para já é suplente de Manafá. Depois se verá.

Plano: desce à equipa B quando não for chamado

Por se tratar de um jovem, Tomás Esteves precisa de jogar regularmente para ganhar rotina de jogo e, acima de tudo, experiência competitiva. Por isso, o plano traçado para o lateral-direito é em tudo idêntico ao de Fábio Silva, que tem a mesma idade (17 anos).

Ou seja, sempre que algum deles não entrar nas escolhas de Sérgio Conceição para um encontro, apresenta-se a Rui Barros para ser utilizado pela equipa B na II Liga. A "descida" aos sub-19 ocorrerá apenas em casos muito específicos, como a Youth League ou a fase final do campeonato de juniores, se, claro, os dragões estiverem bem posicionados para revalidar o título que ambos já conquistaram na época passada.
 
FcPorto e Os Amigos
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