Um general para lançar ataques desde a baliza


Sérgio Conceição ficou impressionado com o estilo de liderança do guarda-redes, que, segundo um ex-companheiro no Lanús, tem um bom pontapé longo e gosta de sair a jogar


Lautaro Acosta garante que Marche é imponente a sair da baliza e no um para um com os adversários. "Dentro de uma época os adeptos do FC Porto vão adorá-lo", perspetiva o avançado argentino

O guarda-redes que o FC Porto oficializou, ontem, como reforço para esta temporada é muito mais do que se pode ver num qualquer vídeo de Youtube. A capacidade de liderança de Agustín Marchesín no relvado foi a característica que mais impressionou Sérgio Conceição na hora de escolher, uma vez que o argentino é daqueles que está em comunicação permanente com os companheiros da defesa durante um jogo. Garantia de quem partilhou o balneário com este verdadeiro general das balizas.

"Tem uma personalidade forte e está sempre a dar indicações no campo. Acredito que vai ganhar rapidamente um lugar no grupo, porque já tem muita experiência. Por alguma razão muitos treinadores o elegeram como capitão ", explica a O JOGO Lautaro Acosta, que desempenha essas funções no Lanús, considerando o carácter uma das forças de Marche. "Consegue impor-se e isso torna-o respeitável no relvado.

Claro que substituir Casillas não será fácil e deve demonstrar a razão pela qual chegou ao Porto, mas não tenho dúvidas de que dentro de uma época os adeptos vão adorá-lo", prevê o avançado.

Os "hinchas" do América viam-no como um ídolo, até porque Marchesín foi eleito o Melhor Guarda-redes de 2019 no México. O argentino, de 31 anos, sobressai pela estatura (1,88m) e isso ajuda-o a intimidar os adversários. "O Agustín cresce na hora de atacar os cruzamentos ou de enfrentar um avançado ", garante Acosta, que lhes destaca ainda uma característica muito importante num guardião no futebol moderno: o jogo de pés.

"Tem um bom pontapé longo, sabe jogar junto à relva e gosta muito de sair a jogar a partir de trás. No México joga-se muito por baixo e no Lanús também tínhamos essa ideia, de abrir os laterais e os dois centrais para usar o guarda-redes como terceiro homem", revela. "Muitos golos tiveram início nas suas saídas", afiança-nos.

Enquanto puxava pela memória para recordar os momentos que partilharam no Lanús (entre 2013 e 2015), Lautaro Acosto descreveu a forma como Marche se comportou nos jogos emocionalmente mais complicados. Em Portugal terá, pelo menos, quatro todas as épocas, frente aos eternos rivais dos portistas na luta pelo título: Benfica e FC Porto.

"Quando fomos companheiros no Lanús, passamos por um período em que lutamos por vários campeonatos e ele destacou-se em jogos-chave. Os desafios importantes não lhe pesam pela personalidade que tem", assegura o avançado de 31 anos, lembrando que o reforço azul e branco "faz parte da seleção e é um dos melhores argentinos na sua posição". "Vai adaptar-se fácil", acrescenta. Os dragões bem o esperam.

 
FcPorto e Os Amigos
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