Fábio não desiste do sonho

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Chamada à Seleção de Sub-19 impede o menino que escondia o lanche para jogar futebol de fazer a pré-época do FC Porto. Mas, pais e amigos acreditam que terá outra chance

"A notícia de que não podia fazer a pré-época deixou o Fábio um pouco triste, mas ele não é de desistir"
Paula Vieira
Mãe de Fábio Vieira "Acredito que no futuro terá outra oportunidade [fazer a pré-época com a equipa]"
Vítor Vieira
Pai de Fábio Vieira

Cobiçado por Benfica e Sporting aos sete anos, ouviu o coração na hora de escolher o FC Porto. Foi treinado por Pepijn Lijnders e Mário Silva e agora será a vez de Rui Barros. Chegar às mãos Conceição é a meta


Os sinais de festa eram ainda visíveis em Argoncilhe quando O JOGO chegou para uma viagem às raízes do menino mais famoso da Vila na atualidade. A alegria do São João havia contaminado a zona de Moinhos e invadido a casa da família Vieira, onde Fábio tinha razões de sobra para celebrar. O médio fora anunciado como presença garantida na pré-temporada da equipa principal do FC Porto e figurava nos 23 convocados para o Campeonato da Europa de Sub-19. No entanto, uma notícia inesperada recebida nesse dia (quarta-feira) obrigou-o a guardar os foguetes para outra altura. Ao contrário do esperado, o jovem de 19 anos teve de apresentar-se hoje na Cidade do Futebol para treinar com a Seleção e, dessa forma, viu adiado o sonho de trabalhar com Sérgio Conceição. "O Fábio estava entusiasmado pela oportunidade de fazer a pré-temporada. A notícia deixou-o um pouco triste, mas ele não é de desistir", garantia-nos a mãe, Paula, partilhando a convicção do pai, Vítor, de que o esquerdino "terá outra oportunidade no futuro".

Afinal, este sempre foi o sonho de Fábio, o miúdo que "escondia o lanche atrás de um armário da casa da avó para ter tempo para jogar futebol nos intervalos da escola". "Só descobrimos que ele não comia quando surgiu o cheiro da fruta estragada", conta Paula. "Só pensava em bola. Não queria mais nada", acrescenta Vítor. "Quando tinha dois anos, fomos a uma loja de brinquedos comprar um jipe. Quando ele viu uma rede com bolas, não quis outra coisa", relata a progenitora, que seguiu o conselho da pediatra e colocou o filho a praticar desporto, "por ser muito agitado".


Daí até à entrada no futebol foi um instantinho. Primeiro no Argoncilhe e, mais tarde, no Feirense. Foi na equipa mais famosadoconcelho,aindacom sete anos, que recebeu o primeiro convite. "Deu nas vistas num Mundialito no Algarve. Benfica e Sporting mostraram interesse em levá-lo para lá", afiança a mãe de Fábio Vieira. "Felizmente, apareceu o FC Porto e o coração falou mais alto", garante o pai, que se encarregava de levar o filho aos treinos na Constituição ou no Olival, onde este trabalhou com Pepijn Lijnders e Mário Silva,entreoutros.Oholandês, que recentemente se lembrou de Fábio em entrevista a O JOGO, também figura num momento marcante da formaçãodomédio."Numtorneiona Marinha Grande, em que o Pepijn era o treinador, o Fábio acabou o primeiro dia a chorar na parte de trás do carro porque achava que ele exigia muito dele. Não queria ir no segundo dia. Agora entende que só estava a puxar por ele", recorda Paula. Rui Barros será o próximo a orientar Fábio, já que o esquerdino fará parte do plantel da equipa B em 2019/20. Os olhos,contudo,estarãosempre colocados na equipa de Sérgio Conceição.


FcPorto e Os Amigos
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