O reencontro com Falcao e Moutinho


25-09-2017

Fique a conhecer melhor o Mónaco, que o FC Porto não defronta oficialmente desde a final da “Champions” de 2004

O jogo desta terça-feira (19h45 de Portugal Continental) entre FC Porto e Mónaco, no Principado, a contar para a segunda jornada do grupo G da Liga dos Campeões, proporciona um reencontro com Falcao e João Moutinho. Protagonistas de muitas vitórias com a camisola azul e branca, o colombiano e o português voltam agora a cruzar-se com adeptos que os mantêm no coração. Emoções à parte, os dois clubes – que apenas se defrontaram uma vez, na final da Liga dos Campeões de 2004, que o FC Porto venceu por 3-0 – irão lutar com todas as armas pelos três pontos. Recuperando um trabalho da edição de setembro da Dragões, ficamos nas próximas linhas a conhecer melhor o adversário desta terça-feira, cujo palmarés inclui oito Ligas francesas, cinco Taças de França, quatro Supertaças, uma Taça da Liga e uma Segunda Liga. A sua melhor prestação na Liga dos Campeões – em cuja fase de grupos participa pela oitava vez – foi precisamente como finalista vencido, em 2003/04.

O Mónaco foi fundado a 1 de agosto de 1919, como resultado da fusão de cinco sociedades desportivas do principado. Estreou-se na primeira divisão em 1953, conquistou os primeiros títulos do palmarés nos anos 60, mas foi entre as décadas de 80 e 90 que se impôs definitivamente no futebol gaulês e se começou a afirmar internacionalmente. Durante este período é inevitável falar de Arsène Wenger, o treinador que levou o clube pela primeira vez a uma final europeia - a da Taça das Taças, perdida para o Werder Bremen em 1991/92 - ou de jogadores como Barthez, Petit ou Thierry Henry. É a era dourada que culmina em 2004 com a presença na final da Liga dos Campeões, em Gelsenkirchen, e que antecede uma crise que volta a atirar a equipa para a Ligue 2. A salvação chega em 2011 quando a maioria do capital do clube foi adquirida pelo magnata russo Dmitry Rybolovlev: os cofres encheram-se, as portas abriram-se a grandes estrelas do futebol mundial e o Mónaco regressou ao topo do futebol europeu.

O ESTÁDIO: LOUIS II
Construído no início dos anos 80 e inaugurado a 25 de janeiro de 1985, toma o nome do estádio original, erguido ali bem perto, em 1939, quando o principado era governado pelo Príncipe Louis II. Com uma lotação de aproximadamente 18.523 espetadores, tem uma conceção singular, uma vez que se situa 8,35 metros acima do nível da rua e o relvado descansa no telhado do parque de estacionamento.


A CIDADE
O Principado do Mónaco, com dois quilómetros quadrados, é conhecido por ser o resort de ricos e famosos, cheio de brilho e glamour, que exala classe e prosperidade em cada canto. Pode ser visitado em qualquer altura do ano, pois tem cerca de 300 dias de sol por ano. Visitar o casino da Ópera de Monte Carlo é obrigatório, assim como a residência da família Grimaldi, o mercado da Condamine, o bairro de Fontvieille ou o bairro dos Moneghetti.


A FIGURA: RADAMEL FALCAO
Dispensa apresentações o avançado colombiano que fez história, apontou 72 golos e conquistou seis títulos com a camisola do FC Porto em apenas duas temporadas. Depois de três annus horribilis provocados por uma grave lesão e por duas passagens mal sucedidas pelo futebol inglês, El Tigre voltou a mostrar as garras na época passada e a justificar os 60 milhões de euros pagos ao Atlético de Madrid em 2013/14: marcou 30 golos em 43 jogos, que deram um contributo decisivo para o Mónaco se sagrar campeão e chegar até às meias-finais da Liga dos Campeões.

SABIA QUE…
…o Principado do Mónaco foi o acionista maioritário do clube até 23 de dezembro de 2011, dia em que Dmitry Rybolovlev se tornou detentor de 66,67 por cento das ações?
…o Estádio Louis II tem capacidade para albergar três quartos da população do Principado?
…Grace Kelly, a atriz, modelo e princesa de Mónaco, não era grande adepta de desporto, mas teve uma colaboração fundamental para o crescimento do clube? Em 1961 foi convidada para desenhar a nova camisola, tendo escolhido um padrão inusitado para a época, com uma inovadora divisão diagonal, que permanece até hoje como uma marca identitária do Mónaco.

Este texto, da autoria de João Queiroz, está incluído na edição de setembro da revista Dragões, uma publicação oficial do FC Porto que pode ser lida integralmente aqui.


FcPorto e Os Amigos

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