Três autogolos são dose para um ano inteiro







Os três autogolos de que o Benfica beneficiou nas cinco jornadas que leva o campeonato de 2019/20 igualam o máximo de qualquer equipa na totalidade das duas últimas competições e só são superados pelos quatro a favor do mesmo Benfica na Liga de 2016/17.

Isto faz dos encarnados os principais beneficiários de autogolos na Liga portuguesa, com nove a favor nas últimas três temporadas e no que já se disputou da atual. Números que podem ser explicados pelo elevado caudal ofensivo dos campeões nacionais, mas que mesmo assim se distanciam muito dos três autogolos a favor do Sporting e dos dois em benefício do FC Porto no mesmo período.

No período de 107 jornadas a que se reporta o estudo, o Benfica teve nove autogolos a seu favor, sendo o Feirense a segunda equipa mais beneficiada pela aselhice dos adversários, com seis golos na própria baliza. Seguem-se CD Tondela, Estoril e Rio Ave, cada qual com cinco momentos infelizes dos opositores. Ao todo, nestas 107 rondas, verificaram-se 67 autogolos, mas só uma equipa superou os três a seu favor numa única época: foi o Benfica de 2016/17, que viu por quatro vezes os adversários marcarem na própria baliza.

Se esta época, antes do autogolo de Ygor Nogueira, a abrir os 2-0 com que venceram ontem o Gil Vicente, os encarnados já tinham sido presentados por Bruno Viana e Esgaio, nos 4-0 com que ganharam em Braga, em 2016/17 foram quatro os lances deste tipo a seu favor: marcaram-nos Aly Ghazal (Nacional, à terceira jornada), Luís Aurélio (Feirense, à sétima), Fábio Espinho (Boavista, à 17ª) e Luís Martins (Marítimo, à 29ª).

A época de 2016/17 teve, de resto, muitos autogolos. Foram 26, ao todo, e só o egípcio Aly Ghazal (Nacional) fez três. Pica e Kaká, ambos do CD Tondela, tiveram a infelicidade de marcar dois cada um num só jogo. Marcante! Mas em 2017/18 o total de autogolos baixou para apenas 18, sendo que nenhuma equipa beneficiou de mais de dois. Em 2018/19 verificaram-se 20 autogolos, tendo o Santa Clara e o Portimonense sido os principais beneficiários, com três. Nessa época, curiosamente, o Benfica foi o clube que mais golos fez na própria baliza, sagrando-se ainda assim campeão nacional:

Conti marcou contra as suas cores contra o CD Tondela e, no mesmo jogo, em Portimão, Jardel e Rúben Dias sentenciaram com dois autogolos a derrota encarnada (0-2) e a substituição de Rui Vitória por Bruno Lage, a partir da qual a equipa começou a carburar até conquistar o campeonato. Quase é caso para dizer que até quando cometem autogolos, os jogadores do Benfica beneficiam a equipa…

Olhando para os outros dois grandes, nestas 107 semanas – 106, porque aqui ainda não entram os jogos de hoje, em Portimão e no Bessa – o FC Porto e o Sporting não tiveram muitos autogolos a seu favor. Os portistas registam apenas dois, marcados por Nuno André Coelho (GD Chaves) na época passada e João Aurélio (Vitória SC) em 2016/17. Os leões, por sua vez, somam três, marcados por Edu Machado (Boavista, 2018/19), Briseño (Feirense, 2018/19) e Aberhoun (Moreirense, 2017/18).

Tendo em conta que que a média global de autogolos da Liga portuguesa andou neste período andou próximo de um a cada 14 jogos (foram 67 em 958 jogos, não contando ainda as partidas de hoje), os valores dos outros dois grandes podem bem ser considerados abaixo do normal: entre a favor e contra, os seus desafios deviam ter tido entre sete e oito autogolos, mas se os do Sporting só tiveram quatro (três a favor e um contra), os do FC Porto ficaram-se pelos três (dois a favor e um contra).

 
FcPorto e Os Amigos
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