“Talvez os meus treinadores tenham algum receio de voltar a apostar em mim“

Vincent Aboubakar no jogo frente ao Coimbrões
Aboubakar garante que só precisa de ritmo competitivo e que não está na Turquia, por causa dos problemas financeiros do Besiktas, que usou a lesão para justificar o fracasso das negociações.

Aboubakar garante que está completamente recuperado da lesão e que o facto de não ser utilizado por Sérgio Conceição pode estar relacionado com algum "receio" por parte do treinador de que tenha uma recaída.

Em declarações à Imprensa dos Camarões, após o jogo com o Ruanda - em que fez 82 minutos -, o avançado apontou ainda o dedo ao presidente do Besiktas pela forma como o tratou no defeso e admitiu deixar o FC Porto já em janeiro, caso surja uma boa proposta.

A lesão grave no joelho esquerdo está ultrapassada e Aboubakar aproveitou para esclarecer, pela primeira vez, todo o processo. "Se estou cá [na seleção] é porque estou completamente recuperado. A minha lesão exigiu algum tempo e paciência, porque rompi tendões e ligamentos cruzados, mais duas cápsulas internas. Agora, o que eu acho é que os meus treinadores talvez tenham algum receio de voltar a apostar em mim para não me lesionar de novo. Mas hoje sinto-me apto para jogar. Preciso de ritmo, de fazer um jogo ou dois e depois o resto vai aparecer", assegurou, citado pelo site "lionindomptable.com".

A verdade é que, no FC Porto, Aboubakar não tem sido aposta de Sérgio Conceição e a saída, já em janeiro, é um cenário que não descarta. Pelo contrário. "Claro que vou sair, não vou acabar a minha vida no FC Porto", comentou. Esta época, a sua utilização pelos dragões resume-se a quatro minutos com o Krasnodar, na Champions, mais 90" com o Varzim, pela equipa B, e 14" com o Coimbrões, na Taça de Portugal.

Na Turquia, a Imprensa local voltou esta semana a colocar o avançado portista na rota do Besiktas, onde esteve com um pé no verão, mas, a julgar pelas suas palavras, Aboubakar dificilmente regressará ao emblema de Istambul. "Estive de facto no Besiktas no verão, mas não gostei da maneira como o presidente [Ahmet Nur Cebi] me tratou, porque deu informações falsas a meu respeito, quando disse que não me quis sujeitar aos exames médicos. A verdade é que o Besiktas tem problemas financeiros e não pode pagar certos ordenados. Por isso, ele disse que não me interessava regressar. Insistiram, mas o presidente estava numa situação delicada e, honestamente, regressar à Turquia não estava nos meus planos", admitiu.

Ao fim de dois anos, Aboubakar regressou à seleção dos Camarões e encontrou aí o seu porto de abrigo. "Estou numa fase de renascimento. O apoio dos meus companheiros foi importante, mas a forma como os adeptos me acolheram tocou-me e são estas coisas que depois me levam a dar tudo o que tenho em campo, porque sinto que tenho o apoio de um povo e de uma nação. É sensacional e estou muito agradecido por isso", comentou, a propósito das sensações que teve em campo nos encontros com Cabo Verde e o Ruanda.


 
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