Contas portistas à lupa: custo dos reforços, o que há a pagar e a receber... e outros números

O FC Porto divulgou por inteiro o Relatório e Contas Consolidado referente à época 2018/19, que permite tirar uma série de conclusões em relação às finanças portistas e às movimentações do clube no mercado de transferências.

Antes de mais, e como já havia sido noticiado, o FC Porto fechou a época com um resultado positivo de quase 9,5 milhões de euros, para o qual muito contribuíram a entrada em vigor do contrato com a Altice, o encaixe de mais de 80 milhões vindos da UEFA e a venda de Éder Militão.

Compras, vendas, credores e devedores

Olhando com atenção para as questões de mercado conclui-se que as alienações de passes geraram mais-valias líquidas no valor de 47,8 milhões, enquanto os gastos com a compra de passes rondaram os 52,4 milhões (oito milhões foram devidos a encargos adicionais, nomeadamente serviços de intermediação).

A venda de Militão foi a mais avultada e ficou fechada por 50 milhões de euros, mas o Real Madrid tem ainda a pagar 40 milhões. Os merengues são assim os principais «devedores» do FC Porto, que ainda tem a receber verbas de 13 clubes distintos, referentes a transferências de jogadores, num total de 76,2 milhões de euros.

Ainda no que toca a encaixes, refira-se que o FC Porto alienou uma pequena parte do passe de Jesús Corona: detinha 70%, passou a deter 66,5%. A respeito da transferência de Felipe para o Atlético Madrid por 20 milhões de euros (já pagos), indica-se que alguns meses antes da venda os dragões compraram mais 25% do passe do jogador ao Corinthians por quatro milhões.

Por fim, refere-se que o FC Porto detém ainda 65% dos direitos económicos de Alberto Bueno, apesar de este ter rescindido contrato. Quanto a aquisições, o FC Porto gastou três milhões de euros por 60% do passe de Wilson Manafá, um total de 7,75 milhões por Loum (o Braga tem direito a 25 por cento de uma futura venda) e 5,25 milhões de euros em Renzo Saravia.

Shoya Nakajima, que custou 12 milhões por 50% do passe, ficou com uma cláusula de rescisão de 80 milhões de euros, a mais alta do plantel. Se os dragões têm ainda a receber os tais 76,2 milhões de euros referentes a transferências, têm, por outro lado, 43,6 milhões de euros ainda por pagar, sendo o São Paulo o maior credor (8,5 milhões).

Aumentos nos órgãos sociais, staff e plantel

Por fim, refira-se que seis novos contratos de Factoring assinados com duas instituições bancárias permitiram a entrada de uma verba a rondar os 35 milhões e que se registaram aumentos nas remunerações dos órgãos sociais (de 2,1 milhões para 3,5 milhões), devido a prémios referentes à época 2017/18:

Pinto da Costa teve um aumento de 500 mil euros, os restantes administradores de 280 mil. Também nas remunerações de plantel e equipa técnica houve aumentos: de um total de 57 milhões para uma verba global de 64,4 milhões.


 
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