“Não penso em dois jogos de uma vez”

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Treinador deixa antever mudanças no onze motivadas pelo estado físico dos jogadores e não a pensar em poupar para a Liga Europa

"Não gosto de falar em rotatividade, mas sim na preparação para o jogo e para o onze que me dá mais garantias em função do estado físico dos jogadores"

"Alguns têm menos minutos mas podem ter aqui uma janela de oportunidade" Sérgio Conceição Treinador do FC Porto

Assumindo o favoritismo, Conceição pede aos seus jogadores que respeitem o Coimbrões e até deu uma lição de conhecimento ao enumerar, um a um, os adversários. Ganhar a Taça é o único objetivo

O adversário é do Campeonato de Portugal, mas Sérgio Conceição provou que o conhece ao pormenor e exige o mesmo aos seus jogadores, porque, apesar do favoritismo que assumiu, só com respeito pelo Coimbrões é que será possível seguir em frente.

Jogar com o Coimbrões antes de um ciclo sobrecarregado vai levar a muitas alterações na equipa?

—Olhamos para o plantel como um todo, todos são importantes neste trajeto. Alguns têm menos minutos mas podem ter aqui uma janela de oportunidade, um início, uma oportunidade de somar, porque havendo uma resposta positiva neste jogo, podem até vir a ter mais minutos do que outros jogadores. Temos de estar alerta, porque temos a responsabilidade de passar esta eliminatória.

Olhando para a derrota do Sporting, mudou o paradigma de que estes jogos da Taça são um espaço para a rotatividade?

—Depois de quinze dias de interregno, temos de ver as viagens e os minutos que fizeram nas seleções. Não gosto de falar em rotatividade, mas sim na preparação para o jogo e para o onze que me dá mais garantias em função do estado físico dos jogadores, da estratégia, e nunca pensando em dois jogos de uma vez. Não gosto disso.

Corona, Marega e Romário Baró estão fora?

—O Corona continua lesionado; o Marega também tem feito treino condicionado e será difícil; o Baró já integrou o treino e pode estar na convocatória. É recuperar o mais rápido possível estes jogadores para o ciclo que aí vem.

Ficou surpreendido com a vitória do Alverca sobre o Sporting?

—Sigo muito a II Liga, o Campeonato de Portugal e até os distritais, aprende-se muito. Conheço o valor do Alverca, do Espinho, do Coimbrões, do Lourosa... Olho para os jogadores do Coimbrões e vejo elementos com formação do FC Porto ou do Boavista. Do onze, talvez o Pedro Tavares, o ala-direito, seja o único formado lá [n.d.r.: fez dois anos, tantos como os que jogou na formação do FC Porto]. Todos os outros tiveram formação em clubes de topo e têm qualidade. Defrontando equipas da I Liga, querem mostrar-se e é natural que, com essa motivação, se encontrem dificuldades. Vimos isso ontem [anteontem]. Fala-se muito dos erros do Sporting, mas prefiro realçar o grande trabalho do Alverca.

Ter respeito pelo adversário é o ponto fundamental para este jogo?

—Esserespeitoéfundamental nas nossas vidas, quem não funcionar dessa forma tem surpresas desagradáveis. Faço questão de que os meus jogadores saibam isso, que conheçam o onze provável do Coimbrões, saibam a forma como jogam, se com o Batistuta perto do Alex; se com o Cléver como médio de ligação e não tanto como segundo avançado; se com o Guilherme na direita ou o Pedro; se com o Ivo, que é destro, na esquerda; se com o Mário no meio-campo, com o Nikiema... têm de conhecer a equipa como eu e isso diz bem do respeito que temos pelo adversário. Esse é o primeiro passo para se ganhar.

Qual a maior dificuldade que uma equipa grande sente nestes jogos?

—Há 20 anos, a diferença era tão grande entre jogadores e equipas técnicas que era difícil dar moral ao adversário. Não estou a dizer que, teoricamente, será um jogo equilibrado, porque somos o FC Porto e vamos jogar contra o Coimbrões. O plano emocional é muito importante, mais até do que o perceber o sistema em que vamos jogar. Mas também é preciso conhecer as individualidades do adversário. Hoje em dia, em qualquer divisão, trabalha-se bem e os jogadores dessas divisões têm mais qualidade.

Quais os desafios do FC Porto na Taça?

—O desafio é fazer melhor do que no ano passado e do que há dois anos – tentar chegar à final e ganhar. Para lá chegar, é necessário ganhar amanhã [hoje] e ir passando as diferentes etapas para poder dar uma resposta diferente do ano passado, não digo em termos exibicionais, mas de resultado.

 
FcPorto e Os Amigos
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