Produção pede mais golos

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EFICÁCIA Tanto o FC Porto como o V. Guimarães criam muitas e boas ocasiões para marcar, mas são os que mais desperdiçam

Na lista de jogos dos portistas com mais remates estão os duelos com o Krasnodar, no Dragão, que atirou a equipa para a Liga Europa, e com o Feyenoord, que baralhou as contas do grupo G

O FC Porto cria muitas e boas oportunidades para marcar, mas essa produção não é traduzidanosgolosqueaequipa marca. É tudo uma questão de eficácia, porque os índices atacantes mostram que estes são os melhores desde que Sérgio Conceição chegou ao banco do Dragão, em 2017.

Comparando, na plataforma de análise wyscout.com, os números apresentados pelo FC Porto na presente temporada com os restantes quatro clubes portugueses envolvidos nas competições europeias ou até com o líder do campeonato, o Famalicão, só mesmo o V. Guimarães tem números inferiores na relação entre a média de golos marcados e esperados por jogo (ver quadro e explicação).

Tanto os dragões como a equipa treinada por Ivo Vieira produzem o suficiente para marcar dois golos por cada 90 minutos, mas desperdiçam muitas dessas oportunidades. Os portistas, por exemplo, conseguem 1,8 golos por jogo, uma média ligeiramente superior à da equipa minhota (1,7 golos por jogo).

Ao contrário do FC Porto e do V. Guimarães, o Famalicão e o Benfica são as duas equipas nacionais que precisam de criar menos oportunidades para marcar. O Sporting, por sua vez, é a equipa que produz menos no ataque, mas também é aquela que menos golos marca em todas as provas.

Se alargarmos a análise às competições europeias, reconfirmamos que o FC Porto cria situações claras de golo, mas falha em termos de eficácia. Tem sido essa a tendência na presente temporada e isso ficou mais uma vez confirmado no último jogo, em Roterdão, com o Feyenoord.

Os dragões criaram imensas ocasiões para bater o guarda-redes holandês, efetuaram imensos remates e não marcaram um únicogolo.Tambéméverdade que alguns desse tiros bateram nos ferros. Otávio e Soares enviaram a bola ao poste, Luis Díaz viu o remate ser devolvido pela trave. Os portistas podem queixar-se da falta de sorte, mas esse item não entra nas estatísticas.

A eficácia tem ficado aquém das expectativas e isso já tramou os dragões nos jogos europeus na presente temporada, a começar pelo play-off de acesso à Liga dos Campeões. O jogo com o Krasnodar, a contar para a segunda mão, no Dragão, até foi aquele que registou mais remates do FC Porto esta época. Foram 25 no total e "só" dois golos marcados, insuficientes para dar a volta à eliminatória, empurrando a equipa portuguesa para a Liga Europa.

Nesta prova,com o Feyenoord, os comandados de Sérgio Conceição efetuaram 20 remates, mas não marcaram qualquer golo. Uma derrota que baralhou as contas do grupo G, mesmo sem comprometer o apuramento para os oitavos.

Em suma, e analisando os números de todos os jogos realizados pelo FC Porto esta época, na I Liga, Liga dos Campeões, Liga Europa e Taça da Liga,conclui-sequeosdragões até têm uma produção ofensiva assinalável e isso reflete-se, inclusive, nos golos esperados, ou seja, oportunidades claras criadas.

Além disso, das três épocas sob o comando de Conceição, esta é a que apresenta mais remates e mais remates à baliza. O problema, lá está, é a eficácia, e neste aspeto o FC Porto baixou muito a média de golos, apresentando 1,83 golos por jogo, enquanto em 2018/19 somava 2,14. Na primeira época do técnico portista, em 2017/18, os números eram ainda melhores, com 2,24 golos por jogo.


 
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