O “hepta” não travou a sede de vitórias

25-12-2015

Balanço de 2015 do andebol portista é marcado pelo sétimo título nacional e pela actual sequência de triunfos

O ano foi mais uma vez histórico para o andebol do FC Porto, que garantiu o heptacampeonato nacional numa final épica frente ao Sporting, ganha ao quinto jogo (a chamada negra), disputado num Dragão Caixa a abarrotar. Esse foi claramente o momento alto de 2015, mas o domínio azul e branco da modalidade, em Portugal, prolongou-se na primeira metade da temporada 2015/16, de tal forma que foi batido um recorde: os portistas estão neste momento num ciclo de 17 triunfos nas primeiras 17 jornadas do Campeonato Fidelidade Andebol 1. O registo é o melhor de sempre desde que a prova voltou a ser organizada pela Federação, em 2008.

É de destacar ainda a prestação na Liga dos Campeões, em que o FC Porto teve entrada directa e em que conseguiu sete vitórias em dez encontros, falhando de forma tangencial, no desempate pela diferença de golos no confronto directo com o La Rioja, vice-campeão espanhol, o apuramento para o play-off de acesso aos oitavos-de-final. No entanto, houve grandes momentos de andebol no Dragão Caixa (onde a equipa obteve o pleno de vitórias) e a experiência conseguida poderá dar frutos no futuro próximo. Que o diga António Areia, que até foi eleito o melhor jogador da nona jornada da prova.

E por falar no ponta-direita, registem-se os reforços contratados no Verão, que foram fundamentais para que o novo treinador Ricardo Costa (que assumiu a excelente herança de Ljubomir Obradovic) pudesse pôr em prática uma estratégia de rotatividade. Os 16 jogadores que compõem o núcleo duro do plantel acumularam muitos minutos, não sendo sequer possível falar num sete habitual. Para além de Areia, chegaram ao clube Rui Silva, Jordan Pitre e Gustavo Rodrigues.

Os dois capítulos mais negativos da temporada foram as duas derrotas em finais frente ao ABC, primeiro na Taça de Portugal (ou seja, a dobradinha que o FC Porto nunca conseguiu voltou a ser adiada), depois na Supertaça, no arranque da presente época. Mas o balanço é mais do que positivo e ainda é complementado com algumas distinções individuais. Nos Dragões de Ouro, Gilberto Duarte foi distinguido como Atleta de Alta Competição do Ano e Miguel Martins como Atleta Revelação do Ano. Na Gala do Andebol, em que, anualmente, a Federação portuguesa elege aqueles que mais se destacaram na modalidade, Gilberto Duarte arrecadou o prémio de Melhor Jogador, Alfredo Quintana o de Melhor Guarda-redes e Miguel Martins foi considerado o Atleta Revelação da época 2014/15.
O andebol portista leva 18 anos consecutivos a conquistar títulos, desde a época 1998/99, em que os Dragões (então orientados por José Magalhães, actual director-geral da modalidade) puseram fim a um longo jejum de 31 anos sem ganhar a principal prova portuguesa. São já 22 os troféus conquistados nesse período, sendo ainda de destacar o papel de Adelino Caldeira, vice-presidente e administrador que desde sempre esteve ligado à modalidade e que recebeu o Dragão de Ouro de Dirigente do Ano.
FcPorto e Os Amigos

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