Exercício 2014/15 teve resultado líquido de quase 20 milhões

09-10-2015

​FC Porto obteve um valor recorde de 82,5 milhões de euros em mais-valias resultantes da transferência de jogadores

As contas da FC Porto SAD para o exercício 2014/15, reveladas esta sexta-feira no Dragão Caixa, apresentam um resultado líquido de 19,35 milhões de euros. As grandes contribuições para este número vêm de duas fontes de receitas “determinantes” para os Dragões competirem no primeiro patamar europeu: a participação nas competições europeias (36,17 milhões de euros) e as mais-valias resultante de transferências de jogadores (um valor recorde de 82,5 milhões, resultantes de 119 milhões brutos, que ainda não incluem a venda do passe de Alex Sandro para a Juventus, em Agosto, por 26 milhões).

“Agora a FC Porto SAD é uma empresa sólida, respeitada nos mercados internacionais. No exercício anterior apresentava fragilidades que não correspondiam à sua verdadeira estrutura, mas tem neste momento um balanço sólido e que representa uma boa imagem em qualquer parte do mundo”, garantiu o administrador financeiro Fernando Gomes, que esteve acompanhado nesta apresentação à comunicação social pelos também administradores da SAD Reinaldo Teles e Adelino Caldeira, e ainda por Rui Lousa, CEO da Porto Comercial, Eduardo Valente, CEO da Porto Estádio, e Manuel Tavares, director geral da FC Porto Media.

Fernando Gomes salientou ainda a reestruturação da estrutura accionista do grupo, com a integração da EuroAntas, sociedade cuja principal actividade é a exploração do Estádio do Dragão, no perímetro de consolidação da SAD, que agora detém 47 por cento do seu capital. Com isto, o capital próprio consolidado supera agora os 83,1 milhões de euros (activo de 359,2 e passivo de 276,1), face a um capital próprio negativo de mais de 33 milhões de euros no último exercício. De resto, o project finance do estádio tem sido pago “rigorosamente”, sendo o FC Porto o único clube português que não teve de renegociar as condições de financiamento da construção da sua nova casa. Por pagar estão apenas 14 milhões de euros.

“Em 2014/15, o FC Porto não atingiu os objectivos desportivos, mas ultrapassou as expectativas em termos financeiros e de reestruturação da estrutura acionista do grupo”, frisou Fernando Gomes, que relembrou a consolidação do FC Porto na estrutura de capital da SAD, em que detém agora cerca de 75 por cento (após a aquisição das acções da Somague e a oferta pública de aquisição efectuada). Essa posição defende a SAD de eventuais “ataques accionistas”.

O administrador financeiro considera que estes resultados permitem ao FC Porto lutar de igual para igual com clubes com balanços “quatro vezes superiores”, sem o peso de um “constrangimento financeiro adicional”. A aposta no reforço da equipa de futebol consubstancia-se num crescimento de cerca de 20 milhões de euros na rubrica de custos com o pessoal (69,9 milhões), tendo o FC Porto “diversificado os seus mercados” na procura de financiamento. “O valor que obtemos em bancos alemães e na praça de Londres é superior ao que temos nos bancos portugueses”, revelou Fernando Gomes.
FcPorto e Os Amigos

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