Fomos descobrir o trabalho de bastidores para um jogo, que começa bem antes da chegada da equipa ao estádio
Se em dia de jogo a equipa principal do FC Porto chega ao estádio, por norma, cerca de uma hora e meia antes de o árbitro apitar, há uma outra equipa, também ela fundamental, que já lá está há 120 minutos para preparar o balneário. Para que nada falte e nada falhe, para que os jogadores só tenham que preocupar-se em jogar. E ganhar, pois claro. Até à chegada da comitiva, ali quem manda é Fernando Brandão, o técnico de equipamentos que todos no clube tratam por Moreno.
Seja no Dragão ou em qualquer outro estádio, a rotina repete-se; para ele, Moreno, há 44 anos – uma vida, portanto. Quando os portistas jogam fora de casa, em Portugal ou no estrangeiro, só é diferente porque há que transportar todo o material que uma partida de futebol exige. Como acontece neste caso, do particular com o Borussia Mönchengladbach, em que a acompanhámos os homens que tratam da roupa da equipa, desde o hotel até ao palco do jogo.
Da carrinha descarregam-se as pesadas caixas em alumínio que trazem tudo o que é preciso para os jogadores se equiparem, antes e depois dos 90 minutos dentro das quatro linhas. Em pouco mais de um quarto de hora, estão todas dentro do balneário: de lá saem as camisolas e os calções de jogo e de aquecimento, as meias e a roupa interior, as caneleiras, as chuteiras, as luvas para os guarda-redes, o equipamento para o pós-jogo. Não é assim em todo o lado, há estádios, sobretudo em Portugal, com condições que atrapalham e demoram o trabalho.
Moreno, que sabe o que tudo guarda e onde tudo está, é quem trata dos calções, das chuteiras e das caneleiras que coloca no lugar que pertencerá a cada um dos jogadores convocados. Não é ritual nem superstição – é hábito: “Aqui, quem me ajuda é o Zé Rui, o segundo motorista do autocarro, que também já foi roupeiro. Quem trabalha diariamente comigo são o Lívio e o Ricardo. É um trabalho que faço com gosto, que já faço há muitos anos, sempre com o objectivo de que, à chegada da equipa, tudo esteja em condições para os jogadores se equiparem, jogarem e ganharem, que é o mais importante”. Organização é a regra número um desta equipa.
Nesta altura da época, o trabalho é mais dificultado, porque os jogadores ainda não têm um número de camisola atribuído. É preciso usar uma cábula para saber que tamanho veste e qual o dorsal que cada um vai usar na partida em questão. Nada que se possa comparar, porém, com o que era há 20 anos. “Agora faz-se com uma perna às contas. Antigamente era mais complicado até a nível do material. Tínhamos que estar a lavar e a secar a roupa, porque não existia a quantidade de equipamentos que hoje tempos. É, de facto, uma diferença abissal. O FC Porto evoluiu em tudo”.
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Seja no Dragão ou em qualquer outro estádio, a rotina repete-se; para ele, Moreno, há 44 anos – uma vida, portanto. Quando os portistas jogam fora de casa, em Portugal ou no estrangeiro, só é diferente porque há que transportar todo o material que uma partida de futebol exige. Como acontece neste caso, do particular com o Borussia Mönchengladbach, em que a acompanhámos os homens que tratam da roupa da equipa, desde o hotel até ao palco do jogo.
Da carrinha descarregam-se as pesadas caixas em alumínio que trazem tudo o que é preciso para os jogadores se equiparem, antes e depois dos 90 minutos dentro das quatro linhas. Em pouco mais de um quarto de hora, estão todas dentro do balneário: de lá saem as camisolas e os calções de jogo e de aquecimento, as meias e a roupa interior, as caneleiras, as chuteiras, as luvas para os guarda-redes, o equipamento para o pós-jogo. Não é assim em todo o lado, há estádios, sobretudo em Portugal, com condições que atrapalham e demoram o trabalho.
Moreno, que sabe o que tudo guarda e onde tudo está, é quem trata dos calções, das chuteiras e das caneleiras que coloca no lugar que pertencerá a cada um dos jogadores convocados. Não é ritual nem superstição – é hábito: “Aqui, quem me ajuda é o Zé Rui, o segundo motorista do autocarro, que também já foi roupeiro. Quem trabalha diariamente comigo são o Lívio e o Ricardo. É um trabalho que faço com gosto, que já faço há muitos anos, sempre com o objectivo de que, à chegada da equipa, tudo esteja em condições para os jogadores se equiparem, jogarem e ganharem, que é o mais importante”. Organização é a regra número um desta equipa.
Nesta altura da época, o trabalho é mais dificultado, porque os jogadores ainda não têm um número de camisola atribuído. É preciso usar uma cábula para saber que tamanho veste e qual o dorsal que cada um vai usar na partida em questão. Nada que se possa comparar, porém, com o que era há 20 anos. “Agora faz-se com uma perna às contas. Antigamente era mais complicado até a nível do material. Tínhamos que estar a lavar e a secar a roupa, porque não existia a quantidade de equipamentos que hoje tempos. É, de facto, uma diferença abissal. O FC Porto evoluiu em tudo”.
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