A noite em que o estádio voou

15-11-2015

Miguel Guedes, Mariana Monteiro e Carlos Tê recordam os melhores momentos que viveram no Dragão

Resolvemos assinalar o 12.º aniversário do Estádio do Dragão recorrendo às palavras do 12.º jogador. Além do post no Facebook, o www.fcporto.pt ouviu os testemunhos de três adeptos portistas que desfiaram as suas melhores memórias sobre o palco de todos os sonhos. Miguel Guedes, vocalista dos Blind Zero, Mariana Monteiro, actriz, e Carlos Tê, escritor, deram o seu contributo nesta viagem pelo passado, mas garantindo sempre que têm os olhos postos no futuro.

A noite de despedida do Estádio das Antas e a primeira vez que viu o Estádio do Dragão. O músico Miguel Guedes recorda a segunda experiência como mágica, em que “o coração começou a bater muito, muito forte”: “Numa noite estive nas Antas antes de ele ser demolido e estive numa emissão especial para a rádio, a recordar, numa emissão nocturna, os momentos vividos. Na manhã seguinte, houve uma emissão no Dragão – passei da noite das Antas para a manhã no Estádio do Dragão – ainda vazio, com obras a decorrer. Foi a primeira vez que tive um coração descompassado por um pedaço de cimento”. Impossível é não recordar o outro grande momento: “O golo do Kelvin. Recordo-me que estará gravado na minha vida; foi uma alegria visceral, pelo momento que foi, pelo que significou, pela justiça que traduziu. Todo aquele estádio viveu um momento animalesco, de irracionalidade e amor puro por um clube e por um desejo. Nunca vi o Estádio do Dragão a voar – foi ali o único momento. Foi incrível”.

A actriz Mariana Monteiro, que curiosamente celebra o seu aniversário um dia depois do estádio, recorda com carinho um episódio num FC Porto-Sporting de 2012 em que um adepto a interpelou com uma prenda original: “Estava a chegar ao estádio e já participava em algumas produções. Veio logo ter comigo um adepto para me dar uma camisola antiga, vintage. Tirámos fotos, dois beijinhos e vesti, pela primeira vez, a camisola do FC Porto. Não tinha nenhuma camisola e é a recordação mais bonita que tenho do Estádio do Dragão. Nunca pensei que o senhor se fosse desafazer da camisola, foi muito querido”.

Já Carlos Tê, habituado a ver vitórias ditas “normais” no Estádio do Dragão (mas com fortes recordações do Estádio das Antas, de onde recupera a vitória sobre o Benfica por 4-0, com quatro golos de Lemos, a 31 de Janeiro de 1974, como uma memória deliciosa), não tem dúvidas em eleger o "90+2" como a sua maior alegria vivida no Dragão: “Foi o golo do Kelvin. Foi um momento já quase sem esperança, onde há aquele pico dramático em que as coisas se resolvem quando menos se espera. É indiscritível e daí vem a minha memória”.

O 12.º aniversário do Estádio do Dragão é assinalado, esta segunda-feira, com uma promoção especial para estudantes.
FcPorto e Os Amigos

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