Varela, o goleador silencioso do Dragão

16-11-2015

Extremo tem 100 jogos e 31 golos, mas elege o golo do título 2012/13, de Kelvin, como o melhor momento no estádio

Varela é “centenário” no Estádio do Dragão com a camisola do FC Porto, o que pode até nem ser uma grande surpresa para os adeptos, visto que o internacional português cumpre a sua sexta temporada no clube, quase sempre como uma das primeiras opções dos treinadores. O que pode causar maior admiração é o facto de o extremo já ter apontado 31 golos no recinto azul e branco, que esta segunda-feira faz 12 anos: é quase uma média de um golo a cada três partidas, sendo que Varela nem cumpriu os 90 minutos em boa parte delas, geralmente por ser substituído na segunda parte. À frente de Varela nesta lista estão apenas Jackson Martínez (49), Hulk (43), Falcao (40) e Lisandro (36).

“É um motivo de orgulho, mas não é só meu. Consegui esta marca com a ajuda de todos os meus colegas e, desde já, quero agradecer a todos essa oportunidade”, afirmou o camisola sete ao www.fcporto.pt e Porto Canal. O avançado revelou-se ainda surpreendido pelo número de jogos disputados. “Não tinha essa noção e fico muito satisfeito. Ter 100 jogos no Dragão é algo que me deixa extremamente feliz e espero continuar a aumentar este número”, declarou Varela, que jogou pela primeira vez no estádio do FC Porto em Abril de 2007 (num encontro frente ao Vitória de Setúbal, que terminou com uma goleada de 5-1).

Porém, já tinha pisado o relvado em 2005, num FC Porto-Sporting (1-1) em que foi suplente não utilizado da equipa então liderada por Paulo Bento. Foi a sua primeira experiência num “ambiente muito tenso”, que Varela considera que condiciona os adversários. “As equipas ficam sempre nervosas e com receio de se libertar. Lembro-me que fui para o aquecimento e levei com papéis. Deu para sentir o ambiente e a palavra Dragão tem muito peso para o adversário”, avalia. Já como jogador do FC Porto, destaca a exigência dos adeptos, que ajuda a manter a “concentração”: “O apoio deles é fundamental, as coisas acabam por correr sempre melhor”.

Um golo marcado no estádio portista “é uma sensação única”, descreve o avançado, que destaca os instantes em que o público “grita o nome” do marcador. Porém, foi quando ouviu o nome de Kelvin no sistema sonoro do Dragão que Varela teve uma sensação única, a melhor da carreira. O golo do brasileiro valeu o triunfo por 2-1 sobre o Benfica, na sequência de um lance no qual Varela também teve um papel fundamental: “Foi inesquecível para toda a gente. No final do jogo fiquei deitado no relvado porque estava esgotado e com muitos sentimentos por tudo o que aconteceu”.

O 12.º aniversário do Estádio do Dragão é assinalado, esta segunda-feira, com uma promoção especial para estudantes, no Museu.
FcPorto e Os Amigos

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